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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

REVOLTADO APOSENTADO ATEIA FOGO NA SECRETARIA DE SAÚDE DE APODI/RN.



Revoltado por não estar recebendo medicamentos utilizados para tratamento psiquiátrico, que deveriam ser entregues pela Prefeitura do Apodi, o aposentado Gilson Lima de Menezes, 47 anos, natural de Apodi, resolveu atear fogo na sede da Secretaria Municipal de Saúde. O fato aconteceu na manhã de ontem e chamou a atenção de populares pela coragem do paciente.
Revoltado por não receber o medicamento há mais de 90 dias, o aposentado comprou quatro litros de gasolina e se dirigiu à sede da Secretaria de Saúde. Após derramar o combustível no interior do imóvel, ele ateou fogo. O ato acabou ocasionando um acidente com o próprio aposentado que terminou com várias partes do seu corpo queimadas pelas chamas. Já no interior da Secretaria de Saúde, foram queimados arquivos, equipamentos de informática, ar-condicionado, dentre outros equipamentos.
Após incendiar o prédio, Gilson Menezes mesmo com muitas queimaduras saiu em disparada numa motocicleta em direção a sua residência. Ao chegar em casa, onde gritava bastante com dores, devido às queimaduras, recebeu ajuda de vizinhos que acionaram a Polícia Militar. Chegando ao local, os policiais perceberam que se tratava do mesmo homem que tinha ateado fogo ao prédio público.
Enquanto recebia atendimento da equipe do Samu, Gilson Menezes disse à reportagem que vinha procurando pelo seu medicamento há mais de 90 dias e sempre recebia a reposta que não tinha. "Hoje resolvi ir mais uma vez e chegando lá me disseram que não tinha. Então eu disse que era para fechar e botar fogo naquilo, já que não serve para nada", disse Gilson.
A equipe do Samu prestou os primeiros atendimentos ao homem e devido à gravidade das queimaduras, o paciente foi levado às pressas para tratamento em Natal, onde receberá cuidados médicos especializados.
O aposentado, Gilson Lima de Menezes, sofre de transtorno bipolar e esquizofrenia e diariamente precisa tomar medicamento para controlar sua doença, mas segundo ele próprio e vizinhos a sua residência, havia cerca de 90 dias que ele vinha tendo dificuldades para retirar sua medicação junto a Secretaria Municipal de Saúde. Inclusive o paciente chegou a procurar o Ministério Público Estadual da Comarca de Apodi e fez uma denúncia em maio de 2012 contra a Prefeitura do Apodi, alegando que seu medicamento não estava sendo garantido pelo município. Constantemente o Ministério Público vem recebendo denúncias da falta de medicamentos nas unidades de saúde mantidas pela Prefeitura do Apodi. A reportagem tentou um contato com o prefeito, Flaviano Monteiro, porém não foi atendida.

FONTE: GAZETA DO OESTE

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